quarta-feira, 26 de maio de 2010

É ao contrário, José Serra!




Do Blog do Zé

Na CNI, comparecimento dos três presidenciáveis nessa 3ª feira, tivemos um José Serra (PSDB-DEM-PPS) sem rumo e sem programa. Agora com o agravante de que frente à queda nas pesquisas decidiu arquivar o "Serrinha paz e amor" e partir para o ataque. Mas, partiu desqualificado.

Primeiro apontando a questão da ausência de planejamento no país, quando é exatamente o contrário. Durante o governo FHC é que o país não investiu em infraestrutura e nem planejou. Quando assumimos em 2003, não havia nem projetos e nem investimentos. Pior, não havia instrumentos de governo - agências, câmaras setoriais, grupos de estudos, ação interministerial - para enfrentar os problemas de política industrial e infraestrutura.

Foi nos 8 anos de Lula que voltaram os projetos, o planejamento e a execução de obras de infraestrutura econômica e social. Os PACs (1 e 2) e suas obras estão aí, as parcerias com a iniciativa privada idem. Também as concessões e os investimentos privados em portos, rodovias, ferrovias, hidrelétricas, termoelétricas, linhas de transmissão, gás e petróleo. E, ainda, em saneamento, habitação e transportes de massa.

Planejamento inexistia quando dupla PSDB-DEM era governo

O Brasil do PSDB, dos governos FHC/Serra - sim, Serra ministro do Planejamento e da Saúde - não tinha política de exportação e externa articuladas, e nem industrial e de inovação. Não tinha instrumentos para financiar os investimentos, nem dos bancos públicos (BNDES, BB, CEF e BNB), nem recursos do Orçamento Geral da União. Não se tratava apenas de falta de planejamento, mas de completa ausência de uma estratégia de desenvolvimento.

Sobre o aparelhamento do Estado - que Serra apresenta como causa da falta de planejamento que vê agora - é o contrário, candidato! É até o caso de se começar dizendo o tão comum "tenha a santa paciência!" Até para sofismar o candidato da oposição deveria ter limites. Dizer que não fez uma única nomeação política quando ministro da Saúde, nem em um ano e meio na Prefeitura da capital, e nem em três anos e meio no governo de São Paulo, francamente!

Aparelhamento - virou mote eleitoral dele - à parte, tanto as estatais, quanto os fundos de pensão e as agências cumprem suas funções no governo Lula. Os resultados estão aí: a rentabilidade dos fundos, o crescimento da Petrobras e a volta da Eletrobrás. Sim, Eletrobras, apesar da herança maldita, do fato de que herdamos o apagão (de 2001) e a falência do sistema elétrico dos tucanos - e dos demos, já que o setor foi feudo exclusivo do DEM nos oito anos do governo de seu aliado FHC. Reerguemos o setor sob a liderança da então ministra de Minas e Energia Dilma Rousseff (veja nota abaixo).

Fotos: Antonio Cruz/ABr

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