quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Lucia Hippolito vota na Marina. Por que a Globo trocou de candidato


Lá está no Blog da Lúcia Hippolito:

A candidata do Blog é a Bláblárina Silva que, segundo a Hippolito, tem “a cara do Brasil” (esconjuro!).

Nada mais natural.

O PiG (*) fora de São Paulo já sabe: o jenio tem essa propriedade: ele perde.

A Bláblárina é o “novo”.

O “chic”.

O “radical chic” do West Side.

O Natura: perfumado, mas nem tanto.

O radical que entra nas colunas sociais.

O radical que sabe onde fica Kyoto.

Que morde mas não aperta.

Que, se for preciso, pára de morder.

O radical que adora os filmes do Fernando Meirelles.

Come barra de cereal para não engordar.

Odeia bife de tira.

Cerveja, cachaça ?

Não, vinho branco não muito gelado.

Que já foi de esquerda, de direita, mas agora viu a Luz.

O radical que trocou a “teoria da dependência” pelo Al Gore.

Usar Havaianas com Kelly bag.

Pobreza ?

Aumento do salário mínimo ?

Índice de Gini ?

Nada disso: calota polar, CO2, gás estufa – isso é o que importa.

Distribuir renda ?

O importante é distribuir oxigênio.

Precisamos garantir a sobrevivência da espécie (dos ricos).

Não mudar nada.

Se for para mudar alguma coisa, trocar a calça americana por calça de linho cáqui.

Perder com a Bláblárina é mais chic do que perder com o Serra – que, além de tudo, é muito feio.

E, na Globo, tudo isso tem uma vantagem: um dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – é “verde”, um ecologista militante de coquetel.

A última vez em que esteve na Amazônia foi, provavelmente, numa escala do jatinho em Manaus, a caminho dos Hamptons.

Por Paulo Henrique Amorim

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