sábado, 9 de outubro de 2010

A livre internet x O pensamento livre


Em um tempo bem recente a onda era os correios, as cartas, os velhos postais, meu Deus, os telegramas até para comunicado de morte; a informação mais segura e codificada do telex e do rádio amador. O mundo evoluiu rápido e com ele, a tecnologia da informação. Evoluiu situando-se na vanguarda de todos os processos. Por caminhar mais depressa que os outros sistemas, ficou sozinha em seu ambiente e perdeu o passo; perdeu o controle do seu próprio caminhar e se desvirtuou do seu objetivo e fundamento maior que era simplesmente e sempre passar adiante a realidade dos fatos e acontecimentos o mais depressa possível e o mais fielmente possível. A informação se desvirtuou por completo e atende hoje a outros tantos interesses que não só o de informar e se fazer conhecer. No quesito velocidade nada se questiona. Está muito rápido, até mais que Airton Senna e Michael Schumaker juntos.


A questão é a qualidade desta informação e os interesses que ela defende. A informação está ferida de morte e a internet é o ataúde, o caixão, o recipiente, o caldeirão "fervente" que acolhe e abriga tudo. É como a terra. Abriga o anjo tal qual abriga o demônio, aos olhos crédulos e incrédulos, atenciosos e alienados, de boa fé e mal intencionados, no teatro protagonizado e dirigido pela humanidade irracionalizada e desumanizada pela selvageria dos interesses materiais e de poder, impostos por aqueles que por força da corrupção do ter, já estão, a muito tempo desprovidos dos valores éticos e morais que ainda deveriam nortear as ações e decisões humanas. O senso caiu no ridículo e é operado e levado a efeito no fundamento raivoso do instinto. A estratégia e planejamento das ações na disseminação da informação tem como objetivo único convencer; somente convencer sem se importar se há verdade; somente convencer mesmo sendo a informação um castigo e um pecado para a sociedade.


Estamos vivenciando este momento de cruéis noticiários levianos e insanos que ferem de morte a nossa soberania conquistada a sangue e lágrimas e, a internet, é o palco maior dessa selvagem batalha. Tudo se fala e escreve mas nem tudo se prova. Tudo se produz e essa produção fétida e podre é repetidamente cambiada e recambiada para os olhares das pessoas no intuito de vencer pelo cansaço as mentes e corpos já surrados por esta louca e surreal realidade. Ferem a honra de pessoas, a moral de outras e tudo vale pelo desejo macabro do poder. Estraçalham sentimentos, extravasam emoções e brincam com a fé e crença das pessoas, usando e abusando de preceitos religiosos ainda não resolvidos nas instituições e muito menos na cabeça do povo. A informação agride, pela internet, o ambiente livre dos sonhos, onde tudo pode e é possivel e permitido sem se importar com o rastro de destruição que segue na calda dessa informação, capaz de dizimar e reduzir a cinzas e ao pó sonhos inteiros da humanidade. Vigiemos. Vamos nos atentar mais para o descontrole da informação pela internet, nos embasando mais e aprofundando e fundamentando nosso estudo antes de comprar a ideia. Vamos ser a nossa principal crítica. Não se aliene. Filtre tudo e absorva só o que é importante. Não importante só para você mas, principalmente, para a coletividade. Não ponha crença em tudo e não se deixe levar pela ideia dominante de que eu fiz e vou fazer mais porque sei como fazer e ja estive lá. Não vale só saber fazer. É preciso ter em si o perfil solidário e compromissado com o povo. Compromissado com o povo e com as causas sociais que tanto afligem a nossa população. Antes de saber fazer é preciso querer fazer e ter essas ações como prioridade. À internet pode-se tudo dizer mas vamos nos dizer só o que realmente nos seja importante. À nós e à sociedade. À nossa população, sem exclusões e ao Brasil como um todo. Vamos controlar o descontrole. Vamos respeitar e preservar os nossos valores. Vamos dizer não ao desrespeito e àqueles que estão nos desrespeitando. Vamos dizer "não" nem que seja quarenta e cinco vezes e vamos dizer treze vezes: Sou 13 e não abro.

Por Roberval Paulo no seu blog

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