sábado, 18 de outubro de 2014

Grande promoção: Vote no Aécio

Grande promoção válida em outubro!!!

Vote no Aécio e ganhe inteiramente grátis, um Aluízio Nunes agregado ao Bolsonaro.

Mas não é só isso, votando no Aécio você também leva, inteiramente GRÁTIS os pastores homofóbicos Malafaia, Everaldo e o fanfarrão Levy Fidelix.

Não pense que a promoção termina aqui.

Votando no Aécio você também ganha, inteiramente grátis os intelectuais Carla Perez, Alexandre Frota, Lobão e Latino.

Mas atenção: se você votar no Aécio, também ganhará um César Maia no Rio de Janeiro, um José Roberto Arruda no Distrito Federal, um Roberto Freire em Pernambuco e um Agripino Maia no Rio Grande do Norte.

Ligue já para o Instituto FHC-Shop, e ganhe este maravilhoso pacote de presente: ACM Neto, José Roberto Arruda, César Maia, Roberto Jefferson, Joaquim Roriz, e muito, muito mais, com um único voto.

E tem mais, você também leva inteiramente grátis, bonequinhos do FHC, do Daniel Dantas ao lado do Gilmar Mendes, do Alckmin no Cantareira e uma foto autografada da turma do movimento golpista “CANSEI” encabeçada por João Dória Júnior.

Isso sem falar no pôster inteiramente grátis dos líderes da construção do TRT paulista o juíz Nicolau dos Santos Neto e do senador cassado Luiz Estevão, todos amiguinhos do Aécio.

Ganhe, ainda, sem concurso, uma leva de deputados que receberam de FHC R$ 200.000,00 para aprovar a emenda da reeleição. E mais: ganhe um curso intensivo de Salvatore Cacciola e Chico Lopes ensinando como ganhar R$ 1,6 bilhão com a desvalorização do Real.

De quebra, votando no Aécio você pode escolher um dos esquemas a seguir pra ganhar dinheiro público fácil: Esquema do Projeto SIVAM, PROER, Propina em privatizações, esquemas no DNER, desvalorizar o real, alugar pros EUA a base de Alcântara, fazer parcerias nos esquemas de Eduardo Jorge Caldas, desviar dinheiro da SUDENE, dar calote no Fundef, desviar  bilhões da saúde em Minas Gerais, entre outros.


Pra finalizar a grande promoção, votando no Aécio você recebe de cortesia uma inflação de 12,5%, um índice de desemprego de 22%, uma taxa de juros de 45% e a destruição em massa dos projetos  PROUNI, FIES, MINHA CASA MINHA VIDA, LUZ PARA TODOS, PRONATEC, CIÊNCIAS SEM FRONTEIRAS, MAIS MÉDICOS e muitos outros.


Tem isso e muito mais. É só votar no Aécio!!!

Por Roberval Padilha

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Em São Paulo, barbeiro nordestino agora é ex-tucano


Faz mais de 10 anos que todo mês tenho uma "briga" marcada com o meu barbeiro, um cearense de trajetória admirável. Ele veio para São Paulo nos anos 70 em busca de uma vida melhor. Comeu o pão que o diabo amassou, mas pode-se dizer que venceu.
Em Sampa, Pedrinho conheceu uma pernambucana, que desposou. Com ela teve um filho, que nasceu "especial". Mas sua trajetória de vida fez dele um conservador. Aprendeu a cortar cabelo quando serviu no Exército, e não foi só isso que lá aprendeu.
A caserna fez do barbeiro cearense um reacionário. Tem preconceito contra homossexuais e sempre teve um ódio visceral pelo PT. Inexplicavelmente, por conta do Bolsa Família.
Algumas vezes pensei em trocar de barbeiro, mas, além de Pedrinho ser um homem sério, trabalhador e de bom coração – apesar da ignorância –, ninguém corta meu cabelo tão bem quanto ele.
O barbeiro e a família que formou integraram-se à classe média paulista, sobretudo depois que ele começou a ganhar dinheiro – ironicamente, na era Lula –, comprou o imóvel onde funciona a barbearia e se mudou para a Vila dos Remédios, do outro lado do Tietê – morava em Guaianases, antes.
Não chega a ser um bairro nobre, mas a casa é dele.
Uma vez por mês, entro no estabelecimento, abraçamo-nos e logo me acomodo em uma das três cadeiras eletrônicas de barbeiro das quais ele tanto se orgulha, apesar de que jamais entendi por que um barbeiro que trabalha sozinho precisa de três cadeiras.
Enfim, após as gentilezas protocolares, eu ou ele puxamos o assunto política. Às vezes, finjo que desta vez não estou a fim de discutir, mas a discussão acaba surgindo. E sempre acalorada. Terminou o corte, porém, volta a cordialidade e nos despedimos com outro abraço.
Pedrinho previu que Marina se mostraria uma farsa e que logo ruiria. E, antes de qualquer outro, já dizia que o candidato "certo" para "derrotar o PT" seria Aécio, que iria para o segundo turno.
Detalhe: Pedrinho só se informa pela tevê e pelo rádio – Globo e CBN. E pelos "doutores" engravatados da Bovespa que também cortam o cabelo ali – a barbearia fica no centro velho. Não lê jornais ou revistas, e parece ter medo da internet e de computadores em geral.
No sábado, fui cortar o cabelo. Alguma coisa me dizia que teria muito a discutir com meu barbeiro, e que, desta vez, a conversa poderia ser diferente.
Explico: Pedrinho é um nordestino orgulhoso, do que dá prova a decoração com motivos nordestinos no salão. Nos dias que antecederam a ida até lá, fiquei imaginando se ele ficara sabendo da onda de ataques a nordestinos na internet...
Quando apareço na porta da barbearia, ele não me encara. Cabisbaixo. E eu, em tom de ironia:
– Como é que anda o barbeiro mais cearense de São Paulo?
– Ah, vai falar da xingação, né?
– Se você quiser...
– Bando de filhas da puta. A gente construiu essa merda dessa cidade.
– Como você ficou sabendo da onda de preconceito, Pedrinho? Está usando computador, agora?
– Deus me livre. Foi a Jussara [a esposa]
– E sobre a "xingação", o que você sentiu?
– Raiva, né? Que você acha?!
– Não sei, ora. Afinal, você sabe por que xingaram os nordestinos, né?
– Sei...
– Então... Se você não gosta do PT, se tem tanta raiva do PT, fiquei pensando se não iria apoiar os eleitores paulistas do Aécio que xingaram o povo do Nordeste por votar em peso em Dilma.
– Porra, Eduardo! Minha mãe é cearense, meu pai é baiano, meus irmãos são cearenses, minha avó é cearense, porra!
– O que você sentiu?
– Decepção
– Decepção? Não foi raiva?
– Também, mas mais decepção.
– Vamos ver se entendi: você não sabia que os paulistas da gema veem assim o Nordeste?
– Achei que isso era coisa do passado. No meu bairro tem tanto nordestino, aqui no centro tem tanto nordestino... São Paulo é só nordestino, porra!!
– Sim, é verdade. Mas uma parte dos paulistas não se mistura... Ou você não sabia disso?
– Sabia, mas não sabia que pensavam essas coisas...
– Ah, vai me dizer que não sabe quem é Mayara Petruso?
– Quem?
– Aquela filha de um dono de supermercado de Bragança Paulista, estudante de direito, quem, em 2010, logo após a vitória de Dilma no segundo turno, pediu que as pessoas fizessem "um favor" e matassem um nordestino afogado.
– Não sabia. Teve isso, também?
– Teve...
– E o que aconteceu com ela?
– Foi processada, perdeu o emprego, ficou manchada.
– Cadeia não, né?
– Filha de bacana, Pedrinho. Mas, para ser honesto, sendo ré primária...
– Ah, tá. Tendi...
Ficamos algum tempo em silêncio. Pelo espelho, olhava o semblante do meu barbeiro. Juro que havia dor.
– Ficou chateado, né, Pedrinho?
Os olhos dele marejaram.
– Fica assim não, Pedrinho. Essa gente não merece. Eles são ignorantes. Escravizaram as meninas da sua terra, trancaram-nas em quartinhos de empregada sem janela, trabalhando 7 dias por semana. Essa gente odeia vosso sotaque, vossa comida, vossa cultura. Mas não abre mão dos vossos serviços...
– Eu nunca pensei... Falei com a Ju, Eduardo. Estamos pensando em voltar pra terrinha. Juntei dinheiro, aqui. Acho que quero viver onde não sou desprezado. Ela também.
– Não faça isso, meu amigo. Fique e lute. Mas para de votar nesses coxinhas tucanos. Eles representam essa gente.
– Nem sei...
Pedrinho é duro na queda, mas foi ali que a mulher dele, que até então permanecera silente, manifestou-se:
– Ele vai votar na Dilma nem que seja a tapa, Eduardo. Ele e todo mundo lá da Vila. Estou ligando pra todo mundo e tem mais gente fazendo a mesma coisa. Depois a gente vai embora desta merda. Com todo respeito, Edu...
– Imagine, Jussara. Fica tranquila. Entendo perfeitamente. E acho que, de certa forma, você tem razão.

Por Eduardo Guimarães

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Dilma cresce e Marina cai, diz Pesquisa Istoé/Sensus

Novo levantamento, divulgado nesta tarde pela revista Istoé, mostra que a disputa pela vaga no eventual segundo turno será emocionante; distância entre Marina Silva, do PSB, e Aécio Neves, do PSDB, que era de 4,3 pontos, na última pesquisa, encolheu para apenas 1,9 ponto; agora, a presidente Dilma Rousseff lidera, com 37,3%, enquanto Marina tem 22,5% e Aécio apresenta 20,6%; no segundo turno, a presidente Dilma venceria os dois adversários; índice dos eleitores que não votariam na candidata do PSB, em nenhuma hipótese, subiu de 33% para 38,8% em uma semana

A pesquisa ISTOÉ/Sensus realizada entre a terça-feira 30 de setembro e a sexta-feira 3 indica que 14,4% dos eleitores admitem mudar de voto e que outros 9,4% ainda não definiram em quem votar para a sucessão presidencial. É esse universo de aproximadamente 35 milhões de eleitores que irá definir quem deverá enfrentar a presidenta Dilma Rousseff (PT) no segundo turno: Aécio Neves (PSDB) ou Marina Silva (PSB). A tendência, segundo Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus, é a de que o tucano passe para a fase final da disputa. “Os números mostram que Marina vem perdendo votos diariamente, em movimento contrário ao de Aécio, que em menos de um mês teve um crescimento de pontos percentuais no índice de intenção de voto”, diz Guedes. “Soma-se a isso o fato de que a perda de votos da candidata do PSB vem acompanhada de um aumento no seu índice de rejeição, o que representa uma dificuldade maior da candidata para obter o voto indeciso ou o voto mais volátil”, explica. O levantamento, realizado em 136 municípios de 24 Estados, mostra que o índice de eleitores que afirmam não votar em Marina de forma alguma saltou de 33% para 38,8% apenas nos últimos sete dias. No mesmo período, a rejeição ao tucano praticamente não variou.


De acordo com o levantamento, a presidenta Dilma Rousseff tem 37,3% das intenções de voto, Marina Silva 22,5% e Aécio Neves 20,6%. Nos últimos sete dias, a diferença entre Marina e Aécio caiu de 4,3 pontos percentuais para 1,9 ponto percentual. Os números apurados pela pesquisa ISTOÉ/Sensus confirmam a tendência mostrada pelas pesquisas internas feitas pelo comando das três principais candidaturas. No PT, o discurso oficial é o de buscar a vitória ainda no primeiro turno. Na prática, porém, o partido trabalha com o horizonte de uma disputa contra o tucano no segundo turno, reeditando a polarização PT/PSDB que vem marcando as campanhas presidenciais desde 1994. Foi esse o cenário que pautou a estratégia da candidata Dilma Rousseff no último debate antes do primeiro turno, realizado na noite da quinta-feira 2. A presidenta e o tucano acabaram sendo os principais protagonistas do embate. Marina Silva ocupou lugar bem mais discreto, ao contrário dos debates realizados no início de setembro, quando a ex-senadora acreana surfava nas ondas das pesquisas eleitorais.
No QG de Marina, o clima é de abatimento. No início da tarda da sexta-feira 3, pesquisas internas mostravam que Aécio e Marina continuavam em empate técnico, mas com ligeira vantagem para o senador mineiro. A candidatura de Marina também sofre com a divisão interna entre os “sonháticos” da Rede e os líderes do PSB. Só na semana passada, por exemplo, é que Marina procurou uma aproximação com as alianças feitas pelos socialistas em Estados importantes, como São Paulo. Às vésperas da eleição, correu para distribuir material de campanha ao lado do governador Geraldo Alckmin, que deverá vencer a disputa no maior colégio eleitoral do País ainda no primeiro turno. Foi tarde demais. Nem mesmo os militantes do PSB se entusiasmaram com a tarefa. Já entre os tucanos, a ordem é apostar em um forte corpo-a-corpo com o eleitorado, usando para isso um exército de prefeitos, vereadores e deputados. As pesquisas também demonstram que o maior número de eleitores indecisos está localizado na região Sudeste. Trata-se de mais uma dado que pode ser decisivo em favor da candidatura de Aécio Neves. O PSDB tem no Sudeste do País suas principais lideranças e maiores redutos eleitorais.
Para um provável segundo turno entre Dilma e Aécio, a pesquisa ISTOÉ/Sensus mostra uma vantagem inicial de 8,9% a favor da presidenta. Esse dado, de acordo com Ricardo Guedes, não representa nenhum tipo de tendência consolidada, embora a história recente não demonstre viradas entre o primeiro e o segundo turno. “Ao contrário de outras eleições, a candidata que vem liderando o primeiro turno tem um imenso índice de rejeição (39,1%). E isso é um impeditivo para a reeleição”, afirma Guedes. 
PESQUISA ISTOÉ/Sensus
Realização – Sensus
Registro na Justiça Eleitoral – BR- 00918/2014
Entrevistas – 2.000, em cinco regiões, 24 Estados e 136 municípios do País
Metodologia – Cotas para sexo, idade, escolaridade, renda e urbano e rural
Campo – de 30 de setembro a 3 de outro de 2014
Margem de erro - +/- 2,2%
Confiança – 95%
Brasil247